sábado, 18 de agosto de 2007

CACHOS

Por Carlos Savasini, Gabriela Cuzzuol, Julio César Luz Bittar, Osvaldo Pastorelli e Rosangela de Oliveira Santos.

Madeixas ao chão
– Cabelos –
Cachos no rosto
– Desejos –
Regados a cerveja
Vinho
Prosa
E palavras poéticas,
As palavras
Quase não as escuto
Nem as leio
Tonalidade aconchegante
Acalorado jazz
Dos 20, 30, 40
Biombos expressionistas
Artes que fazem lembrar Cezzane
Um sonho antigo e familiar
Que só é lembrado
Dentro do próprio sonho,
E agora é momento,
– É realidade !
Na palavra que fere e mata
Inflama e maltrata
A tristeza ecoa no recinto
Torna viva a palavra que reaviva
A chama límpida como o amor
A palavra que une
– Desata –
A palavra que pede,
Chama, grita, inflama
– Repele –
Palavra que aparta, destoa,
– Recua –
Que gorjeia
Mata até
Ata, palavra que ata
Desata os cabelos
Mas não desatam
A mente de cada
Qual.

(11/08/2007)

Nenhum comentário: