quinta-feira, 16 de agosto de 2007

ESTAÇÃO CENTRAL

Carlos Savasini

Sustança vem de dentro e brota junto
Não cabe ao exaltado canastrão
Ao falso que lucrou sem ter assunto
Ao novo que se vende de azarão.

O núcleo que precede o fim do mundo
Ofusca o tenso brilho da ilusão
Descasca o casco forte, firme e fundo
O coice que se alastra em negação.

A gema tem, é claro, a sua casca
E Gandhi, vai saber, a própria casta
O núcleo, feito em ambos, valerá.

Em guerra, em caos, o mito falso cai
Ao fosso, ao léu, ao fim o lixo vai
O cerne da questão ressurgirá.

(15/08/2007)

Nenhum comentário: