Carlos Savasini
Vem depressa, moleque
Vem, corre
As conchas não são eternas
As ondas do mar as chacoalham
Nas pedras, cascalhos e cracas
Areias de cacos, pedaços e grãos
Até formarem a praia
Sem pressa.
Vem, moleque, vem
Catar as conchas de areia
Inteiras
Ao alcance de tuas mãos.
Vem, moleque, vem
Colher a semente da praia
E põe na tua algibeira
Relíquia futura dos teus sete anos.
Vem depressa, moleque
Vem, corre
És tu a semente do mundo
Feito as conchas da praia de areia.
(04/09/2005)
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