Por Binho Santos, Bruno Furlan, Carlos Savasini, César Veneziani, J R Lima, Mavot Sirc, Osvaldo Pastorelli e Vitória Paterna.
O vento vasculha as gavetas,
agoras guardados nos trapos,
toadas de longas jornadas
cantadas nos tragos das horas
beijos – abraços – carícias
e o tempo passa
fodas – amassos devassos
e o tempo derrete
e minha alma continua estática
e furacões se avizinham
o coração se distancia
no tempo que não volta
na saudade que se avizinha
balançando as folhas
soltas ao sabor da brisa
cinzas das brasas
queimadas na ilusão das flores
o sol se põe, o sol nasce
o crepusculaurora
não é homem, nem mulher,
nem dia, nem noite.
O vento permeia madrugada, crepúsculo
escreve versos extensos nos trapos
entrega intensas carícias vazias
com sabores ilusórios do nada
o vento aquece o sexo
dedilha as fibras dos trapos
estira-se em caminhos
e a cada passo
fazem-se as horas.
Dormimos abraçados
no acalento do vento,
fecham-se gavetas
saudades ao vento
trapos de nós.
(08/11/2008)
Nenhum comentário:
Postar um comentário