Por Carlos Savasini e Leonice Aparecida Tronco
Dose é a dose que não chega
O nó que não ata
O ar que não vem
Dose é a falta que não vira vazio
Que não vira saudade
Que não vira carência
E não vira desejo
Dose é a nota perdida
A melodia suspensa
A indiferença do acorde
A quase maestria
Dose é a nota de blues
Petardo que sobra
Som que redunda
Arpejo que dói
Dose é remédio que não cura
Oração que não salva
Abraço que não embala
Mão semi-apertada
Afago ausente – distante – sem pele
Dose é a dose que não molha
Droga que não excita
Éter que não dopa
Morfina que não mata
(03/11/2007)
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