sábado, 17 de novembro de 2007

BRANCO

Carlos Savasini

Quando a memória prega-nos peças
Furtando da mente a frase ouvida
Não rouba do nervo toda força
Mas trava e cala qualquer fala
Turva e confunde qualquer citação
Priva-nos de toda reflexão precisa
Priva-nos da réplica, tréplica, diálogo mental
Priva-nos do conto, contraponto, da glosa e da volta.

Quando a memória prega-nos peças
Até o poema brocha.

(16/11/2007)

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