Por Carlos Savasini, Marisa del Santo, Osvaldo Pastorelli, Rosangela de Oliveira e Samara Sieber
Sabe, gente, se eu visse
Se eu soubesse a carência do mundo
Se eu soubesse o desejo daqueles
Eu poderia falar da minha falta
Da ausência dos sentimentos
Das palavras que não são rimadas
Das palavras jogadas no papel branco
Entremeadas de conversa
Cerveja e risos noturnos
Sob o céu estrelado como pedrinhas
De brilhante, iluminando meus
Pensamentos.
Sabe, gente, se de sofrimento
Eu fizesse música
Se das tripas eu fizesse
Coração
(de verdade)
Sabe gente, se da vida
Eu fizesse poesia
Faria pedrinhas de sangue e lágrimas
Cristais de corpo, língua e falas
Faria poesia de pedras, pernas, tropeços
E das pedras eu faria cores
Dos cristais geraria palavras
E dos tropeços criaria mais vida
Que seriam vidas vividas
Em todos os sentidos
Com couraça de alegria,
Pariria mais amor para o mundo.
Sabe, gente,
Se eu morresse
Ninguém saberia
Que eu abdiquei da vida
Para ser mortal,
Para ser mortal.
Sabe, gente,
A vida é imensa
Íntima
Insana.
Sabe, gente,
Viver é real.
(20/10/2007)
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