Carlos Savasini
Tantas vezes desejo desmedido
Na palavra que escapa pela boca
Desencanta meu sonho nela tido
Transformando a cantada em fala oca.
Me derramo em volteio colorido
A transformo em moderna neo-barroca
Neo-madona que grito em alarido
Ao que tenho sonoro cale a boca.
Fulgurante azedume agora impera
O que fora desejo não deflora
Pequenino se esconde de uma fera.
O passado frustrado vê-se agora
Reduzido e jogado em uma cama
Que se mela na mão que não aclama.
(15/04/2007)
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