Por Carlos Savasini e Osvaldo Pastorelli
Palavras escorrem no bife suculento
deslizam na espuma do meio-dia
esfumaçam-se na espiralada fumaça
na quietude do cigarro pousado no cinzeiro
no isqueiro
na brasa corrosiva
em carvão
de fogo e pó.
Palavras silenciosas
regurgitadas nas buzinas
no silêncio dos olhos
inquietando a vida imóvel
calando
calos na ponta da língua
câncer na ponta dos verbos
tumores nas falas insones.
Dormência
em silabas fechadas
entre os dentes
ressoando rimas
de pós almoço.
(01/11/2008)
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