Por Binho Santos, Bruno Furlan, Carlos Savasini, J R Lima, Sergio Jardino e Vitória Paterna
Qual o peso da fumaça que admiro ?
Verto esse ar claro e híbrido,
sigo um curso não muito nítido
até chegar às tuas nuvens,
fumo teu olhar se despedindo ...
mais do que me sufoca
do que me embarga a garganta
são teus passos em descaminhos
abrindo atalhos cinzas para minha solidão.
Respirar, só existir
caminhando no chão ainda quente
os pés cansados secam o chão
rolo compressor feito de gente
rolos de palavras que se evolam
em contradição com as pisadas
elevam a condição certa-quadrada
esquecem, da pedra da estrada
pedras sublimam voluntariosas
empoeiram o corpo-carbono
esbarram no barro de argila
provocam coceiras nos pelos nasais.
Meu corpo agora está estático
minha vida se completa com
o incompleto
eu prossigo e vejo o céu
estrelado
só posso dizer que te quero.
Que fragmentos te recuperam ?
Fumaça ... do que sou
do que éramos ?
(29/11/2008)
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